Um dia desses, eu fui atravessar a passarela, do bairro onde moro
e, um homem que estava na minha frente arremessou um copo vazio de guaraná
natural para os trilhos da linha do trem, e quando olhei para baixo deparei-me
com uma imensa quantidade de copos vazios, na sua maioria, de guaraná natural.
O entorno dos trilhos da estação estava repleto de entulhos copos, troncos de
árvores, papéis, garrafas, etc.
No local há também um “rio” onde desemboca o esgoto do bairro e esses
entulhos estavam quase caindo dentro desse canal de esgoto, que na primeira
chuva forte, com certeza transbordaria inundando os trilhos do trem. Antes da
construção da passarela o muro da estação era aberto, para facilitar a
travessia para o outro lado do bairro e sempre que chovia muito a água desse
canal de esgoto transbordava para a rua principal de Cavalcanti, dificultando a
passagem dos pedestres, dos carros e, também entrava nas casas das pessoas que
moravam ao longo da rua.
É fato que lixo descartado sem critérios na natureza pode causar danos
graves ao meio ambiente e também a saúde da população. Lixo é fonte de variadas
espécies de dípteros, mas os da espécie hematófaga são os responsáveis
diretamente pela transmissão da malária (parasito Plasmodium falciparum),
filariose (parasitas Wuchereria bancrofti, Brugia malayi e Brugia timor),
tripanossomíases (protozoário flagelado Trypanosoma cruzi), leishimaniose
(protozoário Leishmania) e por uma série de harboviroses (febre amarela,
dengue, encefalites, et.) para o homem. Da mesma forma podem transmitir uma
série de patógenos para animais domésticos, como por exemplo, a toxoplasmose
(parasito Toxoplasma gondii). As espécies vetoras, de dípteros, mais
importantes são os mosquitos da família Culicidae, como Aedes aegypti, entre
outros. Além, das espécies sugadoras, moscas saprófagas e coprófogas
podem ser vetores mecânicos de várias doenças entéricas, principalmente aquelas
adaptadas à convivência humana. O lixo também atrai roedores que são
hospedeiros de graves doenças como a peste bubônica e a leptospirose.
De acordo com o que foi relatado percebemos que a falta de higiene da
própria população pode causar inúmeros danos à saúde e, nesta passarela passa a
maioria dos moradores do bairro, e muitas crianças, pois há muitas escolas em
um dos lados da passarela que podem ser acometidas de doenças transmitidas por
esses vetores que se proliferam neste lixo acumulado. Cabe, neste sentido, a
conscientização da população no que se refere ao descarte de lixo que não deve
ser feita à céu aberto.
Acredito, que o posto de saúde e as escolas da localidade poderiam
fazer uma campanha de Educação Ambiental na qual estaria voltada para formação
de pessoas conscientes e responsáveis pelo ambiente no qual estão inseridas.
“Para que as mudanças aconteçam, é necessário
que a educação ambiental seja assumida pelo poder público em todas as suas
esferas e, principalmente, com a participação efetiva da sociedade. À medida
que a sociedade participa, ela se apropria do seu papel de autora,
corresponsabilizando-se pelas decisões tomadas e vendo-se inserida ao ato
educativo. No diálogo e na convivência entre sociedades e poder público a educação
para a sustentabilidade acontece e por fim torna-se política pública”.
(Semad,2006)
Fotos tiradas de cima
da passarela de Cavalcanti:
Referências Bibliográficas:
http://www.semad.mg.gov.br/educacao-ambiental,
acesso em 03/05/2013.
http://jornaldacidadeeregiao.com/barueri/57-barueri/1351-lixo-e-entulho-despejados-em-terrenos-e-vias-publicas-causam-enchentes-e-risco-de-doencas.html,
acesso em 03/05/2013
Esse texto foi retirado do trabalho que eu, Denise, apresentei à
Disciplina Parasitose e Meio Ambiente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sejam Bem-Vindos ao Nosso Blog!!!