quinta-feira, 22 de maio de 2014

Análise Crítica do Ambiente (Bairro Cavalcanti - RJ)

         
           Um dia desses, eu fui atravessar a passarela, do bairro onde moro e, um homem que estava na minha frente arremessou um copo vazio de guaraná natural para os trilhos da linha do trem, e quando olhei para baixo deparei-me com uma imensa quantidade de copos vazios, na sua maioria, de guaraná natural. O entorno dos trilhos da estação estava repleto de entulhos copos, troncos de árvores, papéis, garrafas, etc.
              No local há também um “rio” onde desemboca o esgoto do bairro e esses entulhos estavam quase caindo dentro desse canal de esgoto, que na primeira chuva forte, com certeza transbordaria inundando os trilhos do trem. Antes da construção da passarela o muro da estação era aberto, para facilitar a travessia para o outro lado do bairro e sempre que chovia muito a água desse canal de esgoto transbordava para a rua principal de Cavalcanti, dificultando a passagem dos pedestres, dos carros e, também entrava nas casas das pessoas que moravam ao longo da rua.
É fato que lixo descartado sem critérios na natureza pode causar danos graves ao meio ambiente e também a saúde da população. Lixo é fonte de variadas espécies de dípteros, mas os da espécie hematófaga são os responsáveis diretamente pela transmissão da malária (parasito Plasmodium falciparum), filariose (parasitas Wuchereria bancrofti, Brugia malayi e Brugia timor), tripanossomíases (protozoário flagelado Trypanosoma cruzi), leishimaniose (protozoário Leishmania) e por uma série de harboviroses (febre amarela, dengue, encefalites, et.) para o homem. Da mesma forma podem transmitir uma série de patógenos para animais domésticos, como por exemplo, a toxoplasmose (parasito Toxoplasma gondii). As espécies vetoras, de dípteros, mais importantes são os mosquitos da família Culicidae, como Aedes aegypti, entre outros.  Além, das espécies sugadoras, moscas saprófagas e coprófogas podem ser vetores mecânicos de várias doenças entéricas, principalmente aquelas adaptadas à convivência humana. O lixo também atrai roedores que são hospedeiros de graves doenças como a peste bubônica e a leptospirose.
De acordo com o que foi relatado percebemos que a falta de higiene da própria população pode causar inúmeros danos à saúde e, nesta passarela passa a maioria dos moradores do bairro, e muitas crianças, pois há muitas escolas em um dos lados da passarela que podem ser acometidas de doenças transmitidas por esses vetores que se proliferam neste lixo acumulado. Cabe, neste sentido, a conscientização da população no que se refere ao descarte de lixo que não deve ser feita à céu aberto.
            Acredito, que o posto de saúde e as escolas da localidade poderiam fazer uma campanha de Educação Ambiental na qual estaria voltada para formação de pessoas conscientes e responsáveis pelo ambiente no qual estão inseridas.   
“Para que as mudanças aconteçam, é necessário que a educação ambiental seja assumida pelo poder público em todas as suas esferas e, principalmente, com a participação efetiva da sociedade. À medida que a sociedade participa, ela se apropria do seu papel de autora, corresponsabilizando-se pelas decisões tomadas e vendo-se inserida ao ato educativo. No diálogo e na convivência entre sociedades e poder público a educação para a sustentabilidade acontece e por fim torna-se política pública”. (Semad,2006)
Fotos tiradas de cima da passarela de Cavalcanti:
Passarela de Cavalcanti
Entorno dos Trilhos
Trilhos do Trem e Lixo
Trilhos do Trem, Esgoto e Lixo
Referências Bibliográficas:
Esse texto foi retirado do trabalho que eu, Denise, apresentei à Disciplina Parasitose e Meio Ambiente.

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